SINÓPSE: seqüência de Ox Lahun – Retorno à Fonte.
Mulder e Scully vão a
Nova York investigar uma série de crimes estranhos ligados à máfia italiana Desires BROOKLING
10:00 a.m. O velório estava lotado. Mulheres e homens vestidos formalmente, como
a ocasião mandava, lamentavam a perda. Em pé ao lado do caixão estava uma
mulher alta e muito magra que recebia as condolências pela morte do pai. Dom Grigio Legnoni , o último dos chefes da máfia. A Cosa Nostra
estava fadada a ser enterrada junto com ele se sua filha não resolvesse
assumir o controle de tudo. Teodora Legnoni era uma mulher esperta. Casou-
se uma vez com um chefe da máfia russa, Divad Ynvohcud, mas após dez anos
de um casamento cheio de turbulências foi trocada pela líder do Ira
(exército Irlandês) Lillian McAnderson. Desde este dia Teodora tornou-se
uma mulher rancorosa e vingativa. Seus inimigos eram punidos severamente,
ela tinha prazer em torturá-los por horas a fio. Diziam as más línguas que
ela tinha feito um pacto com o demônio para que seu poder de destruição
fosse avassalador. Teodora depois de abandonada pelo marido não quis saber de casar-se
novamente. Seu motorista , um americano de cabelos grisalhos, chamado
Christopher Cartier passou a entrete-la nas noites de solidão. Logo foi
promovido à guarda-costas e braço direito da chefona. Desde que Dom Grigio adoecera Teodora passou a comandar o crime
organizado. O machismo italiano teve de render-se àquela mulher forte ,
imponente e poderosa. Dois meses haviam se passado desde a morte de Dom Grigio. A Cosa
Nostra estava novamente entre as top ten do crime mundial. Mas um estranho
fato ocorrido em uma noite chuvosa fez com que Teodora se interessasse por
alguém que não estava lutando do mesmo lado dela. A mafiosa estava
assistindo um documentário que o jornal local exibia, e em dado momento, a
figura de um agente do FBI, foi mostrada junto a um pequeno texto que
relatava a conclusão de um caso que ele havia solucionado. A mulher
arregalou seus olhos assustada , seu coração batia acelerado, ela levantou-
se e foi telefonar. GEORGETOWN
22:53 Mulder e Scully estavam de volta à velha rotina. Os arquivos-x
ocupavam uma parte generosa de seus dias e as filhas terminavam por
completá-los. Eles arrumaram uma babá, a senhora Wilcox, que foi
recomendada por Margareth . Skinner tinha lhes entregado um caso referente a uma série de mortes
estranhas acorridas em Nova York. Eles deveriam ausentar-se por alguns dias
e a idéia de ficarem longe de suas filhas não era a mais agradável. Scully
estava apreensiva, todo o tempo que podia ela dedicava às meninas, chegando
a ficar acordada até altas horas da madrugada cuidando delas. Mulder
revezava o turno com a esposa sempre que podia. Mas já há algum tempo
estava sentindo-se meio abandonado por ela, que não dedicava-lhe mais
atenção exclusiva. Na noite anterior à viagem eles tiveram o auxílio permanente da
senhora Wilcox, que passaria a dormir na casa para cuidar das meninas.
Mulder achou que talvez ele e Scully pudessem passar uma noite mais
tranqüila com a babá tomando conta de Samantha e Melissa. Ele tomou um
banho, fez a barba, colocou sua habitual camiseta dos Yankees e sua cueca
tipo boxers. Esse era o código que ele e a esposa haviam combinado. Ele
deitou-se na cama e esperou a mulher, com um sorriso no rosto. Scully entrou no quarto sem dar atenção a Mulder. Ela foi tomar um
banho para relaxar e assim que acabou, vestiu sua camisola e deitou-se na
cama. Ao passar pelo marido notou o figurino do mesmo. Ela sentia um forte
desejo por ele, mas não se sentia pronta para ser tocada. Ao deitar-se na
cama, ela desejou boa noite a Mulder, que não respondeu. Ele limitou-se a
virar de costas para ela e fechou os olhos. Scully percebeu a reação do
marido, e, mesmo sabendo da razão de sua apatia, resolveu conversar com
ele. —Fox, você está preocupado com alguma coisa, não está? – ela
perguntou colocando suavemente a mão no ombro dele
—Não é nada, não... tá tudo bem...
—Fox... depois de 7 anos trabalhando juntos e quase um ano dividindo
o mesmo teto, eu conheço você melhor do que ninguém e sei quando alguma
coisa está te incomodando... vai, diz qual o problema... – ela pegou na mão
de Mulder, que sorriu e sentou-se
—Eu não consigo esconder nada de você mesmo, né? Tá bom, eu falo... –
ele fez uma breve pausa – é que... bom, depois que as nossas filhas vieram
pra casa, eu tenho me sentido meio que “deixado de lado”, sabe? Mas não
estou reclamando, não, eu sei que elas precisam de muito mais atenção do
que eu... Scully olhou-o com ternura e acariciou o rosto dele. Mulder no fundo
era uma criança crescida, que também precisava de muita atenção. —E eu também estou sentindo falta de... – ele aproximou-se de Scully
e, enquanto beijava-lhe carinhosamente os lábios, sua mão passeava pelas
pernas dela e ia delicadamente levantando a camisola que ela usava
—Fox...eu acho melhor não. Eu ainda não me sinto preparada... – ela
gentilmente tirou a mão dele de suas pernas
—Tudo bem... – ele suspirou – você deu à luz recentemente, é
perfeitamente normal que se sinta assim... – ele falou num tom de voz
suave, mostrando-se compreensivo, embora inegavelmente frustrado
—Me desculpe. Eu quero, muito, mas algo aqui dentro não está normal.
Eu preciso de algum tempo. – ela disse afagando-lhe os cabelos.
—Tudo bem... não vou insistir, quando você se sentir mais segura eu
vou estar aqui, ok? – ele deu um sorriso
—Obrigada - ela baixou os olhos – Agora vem aqui, vamos dormir – ela
fez com que ele a abraçasse e assim adormeceram. AEROPORTO J.F.K.
01:08 p.m. Mulder e Scully estavam embarcando com destino à Nova York. Pela
previsão de Scully, eles deveriam passar uns cinco dias na cidade até que
conseguissem resolver o caso.
Entraram no avião e sentaram-se nas poltronas que ficavam na janela.
Mulder sentou-se do lado do corredor e Scully na janelinha. A aeromoça veio
perguntar-lhes se gostariam de algo para beber e eles aceitaram, pedindo um
suco de laranja para cada. Mulder abriu a pasta com as fotos dos crimes que
estavam ocorrendo e começou a notar pontos importantes nas figuras. —Scully, olha só isso aqui. – ele apontou para a foto
—O que ?
—Em todas as fotos pode-se perceber uma pequena marca deixada pelo
assassino. Acho que ele quer que o encontremos. – ele disse com seriedade
—Essa não é marca que a máfia costuma deixar? – Scully perguntou
—Sim. O cabo de uma rosa é deixada pelos integrantes da máfia quando
os traidores são executados. O que me intriga é o porquê da polícia ignorar
este fato. Se eles não tivessem omitido este fato , nós não precisaríamos
ter vindo.
—É isso que eu não estou entendendo, Mulder. Nosso departamento são
os Arquivos-X , então, por que nos mandar para resolver um caso paralelo?
—Eu também estou intrigado, Scully. – ele terminou o suco e fechou a
pasta . Chegaram em Nova York, pegaram um táxi e foram para o hotel. WALDORF-ASTORIA HOTEL
04:56 p.m. Mulder e Scully chegaram a recepção um tanto enfurecidos com o
valor que o táxi lhes cobrou pela viagem. Registram-se e foram para a suíte
de casal. Scully ao entrar no quarto ficou muito impressionada com a
decoração. As paredes pintadas em um tom de rosa bem suave davam uma certa
tranqüilidade ao local. Os poucos móveis em madeira escura funcionavam
como o ponto austero do quarto. Ela colocou sua mala sobre uma cadeira
própria para isto e retirou o sobretudo e a arma e os depositou em cima da
mesa. Mulder fez o mesmo, só que foi jogando tudo no chão, menos a arma,
esta ele colocou na mesa ao lado da outra. Eles arrumaram tudo, Scully ligou para casa e logo em seguida
desceram para comerem alguma coisa. Quando chegaram ao restaurante do hotel
escolheram uma mesa no canto e sentaram-se. Pediram alguma coisa leve e
puseram-se a conversar sobre o caso. —Mulder, eu acho que nós deveríamos ir logo falar com o encarregado
do caso aqui em Nova York e mostrarmos as indicações que descobrimos nas
fotos, o que acha?- Scully perguntou – como Mulder nada respondeu, ela
perguntou novamente - Mulder? Mulder, você está me ouvindo? – ela segurou
no braço dele.
—Hã? Ah! sim também acho. – ele sorriu timidamente
—O que foi? – ela ergueu a sobrancelha
—Não sei, mas acho que aquela mulher está nos vigiando. – ele olhou
discretamente para que Scully visse a tal mulher. Quando Scully virou-se para ver de quem se tratava, a mulher
arregalou os olhos e não conseguiu disfarçar a surpresa. —Você a conhece, Mulder? - ela disse num tom irritado
—Não, nunca vi mais magra. Mas acho que ela nos conhece, porque a
hora que te viu ela ficou bem espantada. – ele sorriu
—Eu detesto quando isso acontece! As mulheres hoje em dia estão muito
assanhadas. Não podem ver um homem bonito que já começam a dar em cima.
—Você está com ciúmes?? – ele perguntou com cara de safado
—Lógico que não. Estou apenas fazendo uma... uma colocação.
—Tá bom... mesmo assim obrigado pelo “homem bonito”- ele passou as
mãos nos cabelos da esposa, que sorriu sem jeito. Eles terminaram a refeição e foram direto para a delegacia. Ao
chegarem lá, tomaram conhecimento de mais um assassinato nos mesmos moldes
dos anteriores. Mas neste a rosa estava inteira. —Mas que diabos eles estão tentando nos dizer? – disse Mulder
—Acho que este foi um crime passional.
—Por que diz isso, Scully?
—Porque a rosa vermelha indica paixão. Nosso suspeito pode ser uma
mulher, Mulder. Talvez ela esteja se vingando dos amantes.
—Scully, uma mulher não poderia ter matado estes homens. Você viu no
resultado da autópsia que todos foram espancados, torturados e asfixiados.
Só se esta mulher for a chefe da máfia. – ele sorriu
—Pois é, aí é que está nosso dilema. Mulheres não comandam o crime
organizado.- Scully iria continuar porém foi interrompida pelo delegado
Thompson
—Desculpe interrompê-los, mas existe um boato de que quem comanda a
máfia aqui em Nova York é uma mulher. Vocês acham que ela pode ser a
assassina?
—Agora estamos achando que sim. – Mulder respondeu BROOKLING
08:17 p.m. —Bob! – gritou Teodora
—Sim, senhora?
—Bob, como anda o plano?
—Tudo nos conformes. Amanhã mesmo, eu tenho certeza de que aquele
cara do FBI vem atrás da gente.
—E a mulher? Você já descobriu quem ela é?
—Eu estou esperando o Genaro chegar com as informações, senhora.
—Fale pra ele que eu estou na cantina. Ele deve me encontrar lá assim
que chegar, capice?
—Capizco.- Bob se retirou , enquanto Teodora descia as escadas e saía
da casa em direção ao carro. CANTINA DO RIFFO
08:35 p.m. —Dona Teodora! – saudou um homem muito gordo
—Como vai, Francesco?
—Agora melhor que nunca! Venha, vamos para sua mesa! – ele indicou o
caminho com as mãos
—Eu estou esperando o Genaro. Assim que ele chegar mande-o para cá! –
ela ordenou
—Sim, senhora. Eu farei o que mandou.
—Agora vá! E me traga um prato de macarrão e um bom vinho, não aquela
porcaria que você me serviu da última vez!
—Sim, senhora, já estou indo. O gordo se despediu e saiu gritando com um garçom. Enquanto Teodora
esperava o seu pedido, Genaro chegou e foi logo à seu encontro. —Bona Note, senhora! – disse o capacho
—Bona Note. Trouxe o que eu pedi?
—Sim. Aqui está! – ele entregou uma pasta com a ficha de Scully para
ela.
—Ótimo! Agora pode ir . – ela dispensou o homem. Teodora ficou muito espantada com a semelhança de Scully e Lillian
McAnderson. Aliás não só a semelhança das mulheres lhe espantava, Mulder
era exatamente igual a Divad. A mafiosa começou a ler o relatório. Ao final
de sua leitura ela estava convencida que o destino havia lhe dado uma
segunda chance. WALDORF-ASTORIA HOTEL
10:49 p.m. Mulder e Scully haviam voltado ao hotel. Agora estavam com certeza no
caminho certo. O delegado ficou de passar um fax com as informações sobre a
tal chefe da máfia. Eles avisaram o gerente do hotel que chegaria uma
informação destinada a eles em algumas horas e que ele deveria avisá-los
imediatamente. Subiram para o quarto e ficaram a esperar. —Scully, por que será que nos designaram para o caso?
—Não sei, Mulder.
—Você acha que é possível uma mulher fazer o estrago que o assassino
fez nas vítimas?
—Se ela for a chefe da máfia, ela pode ter capangas.
—Não sei, Scully. Algo me diz que esse é um Arquivo-X! – ele sorriu e
foi ao banheiro
—Você só pode estar brincando! Baseado em que você diz isso? – ela
foi atrás dele
—Intuição, minha querida, intuição! – ele bateu com a ponta do dedo
indicador na têmpora.
—Você é maluco, sabia? Eu não sei como posso ter me casado com você!
– ela sorriu
—Eu sou irresistível! – ele a abraçou por trás e beijou-lhe o pescoço
—Pára com isso, Mulder! Alguém pode chegar! – ela se esquivou
—Ai, Meu Deus! – ele deitou na cama visivelmente irritado Para sorte de Scully o telefone tocou e o gerente do hotel avisou que
o fax estava chegando. Eles desceram correndo e ficaram lendo as
informações contidas nos papéis. —Teodora Legnoni, divorciada, filha de Grigio Legnoni, conhecido por
comandar o crime organizado por trinta anos. Fez faculdade de química na
Itália, nunca foi presa, nem acusada de nada. Sua ficha é limpa. – disse
Mulder
—Olha isso aqui! – Scully mostrou uma foto para Mulder
—Se isso não for uma brincadeira de mal gosto, eu diria que sou eu
nesta foto, só que com bigode. – ele sorriu ironicamente
—Aqui diz que este foi o marido dela durante dez anos. Mulder! Esta é
a mulher que estava no restaurante nos vigiando. – ela ergueu a sobrancelha
—Acho que ela armou tudo isso, Scully.
—O que vamos fazer?
—Vamos fazer uma visitinha para a “Toda Poderosa” - ele saiu na
frente dela. – Mas que mulher feia! BROOKLING
12:05 a.m. Os agentes chegaram ao endereço que estava no relatório. A mansão
parecia saída de um filme de gângsters antigo. Eles iriam tentar falar com
a mulher sob o pretexto de investigar a morte de Christopher Cartier, que
tinha sido empregado da casa. Tocaram a campainha. —Scully, você não está se sentindo no Poderoso Chefão?
—Eu estou me sentindo é em uma produção italiana de quinta categoria.
—Pois não? – uma senhora abriu a porta
—Boa noite! Nós somos os agentes Fox Mulder e Dana Scully do FBI e
gostaríamos de falar com a senhora Teodora , ela está? – Mulder perguntou
—Sim, por favor entrem. – a mulher saiu da frente para os agentes
passarem. Eles ficaram sentados no sofá enquanto a empregada foi chamar a
patroa. Quinze minutos depois ela desceu as escadas trajando um robe de
seda com um rasgo na perna. Ela fazia cara de atriz pornô. Sua voz não
deixava por menos, com o toque do leve sotaque italiano. Scully teve que
segurar o riso. —Me desculpem o traje, mas eu já ia me recolher aos meus aposentos –
ela estendeu a mão para que Mulder a beijasse , mas ele apenas a apertou.
—A senhora é que deve nos desculpar a hora. Mas nós não temos muito
tempo, então vamos ao que interessa. – Scully falou percebendo as olhadas
que a mulher dava em Mulder
—Você conhecia Christopher Cartier? – perguntou Mulder
—Sim – ela fez cara de choro - Ele era um ótimo funcionário.
—Ele tinha algum inimigo?
—Que eu saiba, não. Ele era um homem doce, de modos simples. Eu
queria saber quem foi o bastardo que fez isso com ele.
—Nós também gostaríamos, por isso viemos até aqui. Ele morava nesta
casa? – Scully quis saber
—Sim. Ele morava no fundo.
—Nós podemos ir até lá?
—Claro! Venham eu vou mostrar o caminho. Os três foram para o pequeno quarto onde o falecido morava. Mulder e
Scully começaram a procurar evidências. Eles acharam algumas algemas e
chicotinhos, alguns vídeos pornográficos, umas revistas de carros e uma
arma. —Ele andava armado? – Mulder perguntou
—Sim. Ele era meu guarda costas. – a mulher respondeu
—Acho que não tem nada de anormal aqui. – Scully concluiu
—É, vamos embora. – concordou Mulder Eles deixaram a casa com a absoluta certeza de que a mafiosa tinha
alguma coisa a ver com a morte do homem. Voltaram para o hotel e foram
descansar. No dia seguinte logo pela manhã, Scully estava tomando banho enquanto
Mulder se arrumava para sair. O telefone tocou e ele atendeu. —Mulder.
—Senhor Mulder. Aqui é Teodora. Acho que eu descobri alguma coisa
importante a respeito de Christopher.
—Certo. Eu e minha parceira já estamos indo.
—Não! Venha só. O que eu vou lhe dizer deve ser mantido em segredo
por enquanto.
—Muito bem. Eu lhe encontro daqui a quinze minutos, em sua casa.
—Certo. Mulder desligou o telefone e falou para Scully sobre a conversa. Ela
ficou desconfiada, mas deixou o marido ir primeiro. Eles se despediram e
Mulder foi até a casa de Teodora. Ao chegar lá, notou que os empregados não estavam. Ele destravou a
arma e ficou a esperar a mulher. Teodora desceu as escadas vestindo um
tomara que caia vermelho. Nada apropriado para aquela hora da manhã. —Senhor Mulder. Agradeço sua discrição.
—Você tem alguma informação que me interesse?
—Sim. Venha comigo. Eles subiram as escadas e foram para o quarto da mulher. Mulder
estava desconfiado das intenções daquela italiana horrorosa, mas tentou
disfarçar. Ela abriu uma pequena caixa de madeira e retirou lá de dentro
uma aliança. —O senhor sabe o que é isso?
—Uma aliança? – ele sorriu
—É a aliança do meu casamento.
—Sim, mas o que isso tem a ver?
—Você sabia que eu fui trocada por outra?
—Que chato, não é? Olha, por que você não e fala logo o que
descobriu?
—Divad era a sua cara. E a sua parceira se parece muito com aquela
vagabunda que me roubou ele.
—Senhora, por favor, se eu quisesse ser analista não tinha entrado
para o FBI. Será que podemos voltar às mortes?
—Morte? Ah...sim. – ela retirou da caixa um amuleto e colocou-o no
pescoço – Você acha bonito meu amuleto? Mulder olhou para o amuleto e percebeu que ele brilhava muito. Ele
ficou enfeitiçado pelo colar, seus olhos não conseguiam afastar-se da
pedra. A megera foi se aproximando do agente. Em seu olhar notava-se um ar
diferente do normal. Ela abraçou Mulder. —Divad, como eu sinto sua falta! – ela apertou o abraço. A mulher começou a beijar Mulder, que respondeu ao beijo. Ela
empurrou-o sobre a cama e começou a despir-se. Mulder estava com o olhar
parado, seus movimentos eram mecânicos. Teodora tirou a camisa dele
arrancando todos os botões que se espalharam pelo chão. Ela beijava-o com
voracidade e sussurrava o nome do ex-marido todo o tempo. Eles estavam a um passo de cometer um ato, digamos, libidinoso.
Quando Scully entrou chutando a porta. Em seu olhar estava a surpresa de
encontrar seu marido na cama com outra e raiva por ser tão ingênua. —Sai de cima dele, sua piranha! – ela gritou
—Você não vai roubá-lo de mim novamente!
—Ele não é o seu ex, sua burra! Agora sai de cima dele se não eu puxo
o gatilho e te mando pro inferno!
—Inferno? Mas é onde eu moro! – a mulher gargalhou
—Mulder! Sai daí já! – Scully gritou, mas ele estava bobo por causa
do colar.
—Ele não te obedece mais. Ele é meu!
—Cala a boca, sua desgraçada. Você está presa!
—Presa, por quê? Ele está fazendo porque quer. Scully não pensou duas vezes, atirou na perna da italiana que caiu no
chão gemendo de dor. Algemou a mulher e foi até Mulder. —Mulder? Você está me ouvindo? – ela olhava para ele que não esboçava
reação. – Mulder? Mulder?- ela deu um tapa no rosto dele, que finalmente
saiu do transe.
—Ai! Por que você fez isso? – ele colocou a mão no rosto.
—Essa vagabunda estava te atacando!
—Scully, tira o colar dela.
—O quê?
—O colar! Ele é mágico! Mulder foi até a mulher que estava no chão se contorcendo de dor. Ele
fechou os olhos e arrancou o colar dela. Tudo estava acabado. Scully apenas
observou, sem entender. Teodora confessou ter matado os três homens para que pudesse atrair o
agente até ela. Sua obsessão pelo ex-marido fez com que ela tivesse se
tornado maluca a ponto de encomendar um talismã de um feiticeiro africano
para que pudesse se vingar. Quando ela viu Mulder na televisão, achou, em
sua mente insana, que ele fosse Divad. Bolou o plano, mas não contava com
Scully para estragá-lo. Duas semanas depois, Teodora foi condenada pelas mortes. Como ela não
estava bem de sua sanidade mental, o juiz decretou que ela fosse internada
em uma clínica psiquiátrica. GEORGETOWN
07:38 p.m. Mulder e Scully chegaram em casa exaustos. Entraram e foram direto
para o quarto das filhas e ficaram brincando com elas para matar a saudade.
A senhora Wilcox foi para sua casa e voltaria no dia seguinte. Mulder estava tomando banho e Scully tinha ido colocar Melissa e
Samantha para dormir. Scully pouco havia falado desde que saíram de Nova
York. A cena de Mulder na cama com outra mulher não saía de sua cabeça.
Pela primeira vez um medo terrível de perder Mulder invadiu seus
pensamentos. E se Mulder a trocasse por outra? Afinal, embora Mulder tenha
dito que entendia, ele estava se sentindo rejeitado por ela estar evitando
um contato íntimo com ele. Não que realmente achasse que Mulder fosse capaz
de traí-la ou algo do gênero, mas a prevenção sempre foi o melhor remédio.
Scully voltou para o quarto decidida. Foi até seu guarda-roupa e pegou a
camisola que ela sabia que Mulder adorava. Vestiu-a e deitou-se, esperando
por Mulder. Ele chegou, viu que ela estava com a camisola que ele gostava,
mas preferiu não fazer nada, para não correr o risco de levar outro “não”.
Enfiou-se debaixo das cobertas e se preparou para dormir. —Boa noite, Dana – ele falou e ajeitou-se na cama Scully inclinou-se sobre Mulder, que estava de costas para ela, e
sussurrou no ouvido dele com uma voz extremamente sensual: —Tem certeza de que quer dormir? Mulder sentiu um arrepio percorrer-lhe todo o corpo com os beijos
suaves de Scully em sua orelha. Ele virou-se surpreso e Scully beijou-lhe
os lábios calorosamente. Mulder retribuiu profundamente ao beijo,
envolvendo-a em seu braços, e depois sorriu, entendendo o “sinal verde” de
Scully. —Tem certeza de que você está pronta? – ele perguntou, só por via das
dúvidas
—Absoluta! – ela respondeu com um sorriso maroto Então Mulder debruçou-se sobre ela e deliciaram-se com mais beijos
apaixonados, intensos, carícias e carinhos mútuos e entregaram-se a uma
noite de amor maravilhosa.
04:27 a.m. Scully acordou com o choro de Melissa. Ela sabia diferenciar o choro
das duas. Notou que Mulder não estava na cama e foi ao quarto. Parou na
porta e ficou observando Mulder meio desengonçado tentando ninar a
garotinha. Scully sorriu e aproximou-se dos dois. —Ela tá com fome, Fox....
—Ah, você tá aí? – ele sorriu – eu não queria te acordar... mas acho
que ela tá com fome mesmo, eu já troquei a fralda e ela não pára de
chorar... Mulder entregou Melissa para Scully, que sentou-se no pequeno sofá
para amamentá-la. Não demorou muito para Samantha começar a chorar também.
Mulder pegou-a no colo e ficou engambelando a filha enquanto Scully cuidava
da outra. Tudo estava bem novamente. A vida não poderia ser mais generosa
com aqueles dois. Eles eram uma família feliz. E mesmo trabalhando muito
perto com o perigo, nada poderia ser mais gratificante do que chegar em
casa e poder levar uma vida normal. Os arquivos-x continuavam, cada vez mais difíceis. Mas a vida
para Mulder e Scully estava se tornando bem mais fácil... Continua...
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alhando muito
perto com o perigo, nada poderia ser mais gratificante do que chegar em
casa e poder levar uma vida normal. Os arquivos-x continuavam, cada vez mais difíceis. Mas a vida
para Mulder e Scully estava se tornando bem mais fácil... Continua...
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