segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Beira-Mar comanda assassinatos de rivais em Bangu 1



O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, 36, comandou o assassinato de seus maiores rivais no presídio Bangu 1, no Rio. Foram assassinados os traficantes Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, Wanderley Soares, o Orelha, e Carlos Roberto da Silva, o Robertinho do Adeus _cunhado de Uê.

Segundo a polícia, outros três presos também podem ter morrido: Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, Marcelo Lucas da Silva, o Café, e outro identificado como Robô, cujo primeiro nome seria Eucídio.

A.Campbell/Folha Imagem


Fernandinho Beira-Mar, em depoimento no TJ do Rio

Beira-Mar disse que "só deixará policiais entrarem no presídio quando terminar o serviço".

Uê é considerado um dos traficantes mais perigosos do país. Segundo a polícia, ele teria comandado, de dentro da prisão, ataques contra postos policiais do Rio.

Ele é um dos líderes da facção criminosa ADA (Amigo dos Amigos) e está detido em Bangu 1 há seis anos. Integrantes da ADA estariam se unindo a uma outra facção, o TC (Terceiro Comando).

Beira-Mar é, segundo a polícia, o principal fornecedor de drogas para favelas dominadas pelo CV (Comando Vermelho), do qual também faria parte Chapolim, outro preso de Bangu 1.

A prisão dos traficantes não reduziu o poder da facção. Em gravações feitas pelo Ministério Público em celulares dos traficantes presos em Bangu 1, Chapolim encomenda um míssil Stinger, o mesmo usado pela organização terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden.

Reféns

Pelo menos seis pessoas são mantidas reféns, entre agentes e operários de uma obra realizada na unidade.

Policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e funcionários do Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário) negociam com os amotinados.

O presídio, considerado de segurança máxima, abriga 46 presos em celas individuais. No local estão criminosos de alta periculosidade.

Os secretários da Justiça e da Segurança Pública e comandantes das polícias Militar e Civil deverão se reunir para discutir o caso.

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