A Tarde
A polícia italiana aplicou novo golpe na Máfia siciliana, ao prender ontem em Bagheria, perto de Palermo, o “chefão” Pietro Aglieri, considerado um dos sucessores do chefe supremo da Cosa Nostra, Toto Riina.
Pietro Aglieri, de 37 anos, foi preso durante uma reunião de chefes mafiosos na qual participavam os pistoleiros procurados Natale Gambino e Giuseppe La Mattina.
O prefeito de Palermo, Antonino Manganelli, encarregado da luta antimáfia, confirmou a prisão dos três mafiosos. “Isto confirma que o Estado está cumprindo com seu dever delutar contra o crime organizado. O aparato policial é idôneo”, disse.
Chefe da poderosa “família” Santa Maria di Gesú, Pietro Aglieri era considerado um dos sucessores do “chefão” supremo da Máfia, Toto Riina, preso em janeiro de 1993.
Aglieri era o criminoso mais procurado da Itália. Segundo os magistrados da luta antimáfia, ele é responsável pelos crimes mais atrozes cometidos pelo terrorismo mafioso, nos últimos dez anos.
Segundo a polícia, seu poder se consolidou em maio do ano passado, quando também caiu nas mãos da polícia o sanguinário “chefão” Giovanni Brusca.
Pietro Aglieri é chamado de “U Signurinu” (“O Grande Senhor”), devido a seu refinamento. Seu nome foi vinculado ao assassinato em 1992 do deputado democrata-cristão no Parlamento Europeu Salvo Lima e aos mortais atentados contra os juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino.
Foi condenado à revelia por um tribunal de primeira instância à prisão perpétua pelo assassinato de outro magistrado, o juiz Scopelliti, e a uma pena incompreensível de 12 anos de prisão pelos delitos de associação mafiosa e de tráfico de drogas.
Considerada “a mãe de todas as máfias”, a Cosa Nostra é a mais importante organização criminal da Itália. Segundo a polícia, a Máfia siciliana conta com cinco mil filiados, que têm martirizado a Sicília e que estendem suas redes ao narcotráfico, ao tráfico de armas e principalmente à “lavagem” de dinheiro.
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