1.O teor do primeiro interrogatório de Totó Riina, i capi dei capi di Cosa Nostra
Riina empregou típico comportamento de mafioso. Deixou, sempre usando de edução, intimidações no ar. Insinuou que tudo estava orientado para direção pelos dois Magistrados, como já sabia. Desprezou relatos de pentiti
2.Segue a tradução do interrogatório, presidido por Pier Luigi Vigna, então Procurador da República de Firenze < atualmente Procurador Nacional Antimáfia> , e Gian Carlo Caselli, Procurador da República em Palermo. -Pier Luigi Vigna:
Hoje é 22 de abril. São 17:35 horas e estamos no bunker usado como sala de audiências . Eu sou Vigna,
procurador de Firenze e ao meu lado está Gian Carlo Caselli, procurador de Palermo. O argumento
quantidade de sentenças afirmando que a Cosa Nostra tem existência real. Existe, também, um número relevante de pessoas que sustentam ser o senhor o chefe de Cosa Nostra. Então, o pensamento que me vem é de saber se o senhor está disposto a falar. . .
-Salvatore Riina:
Digo ao senhor que não pronunciarei nenhuma palavra.
- Vigna: Se
o senhor estivesse disposto . . .
-Riina:
Doutor, peço-lhe que pare por aí.
-Vigna:Não,
eu parar !
-Riina: Sim,
pare por aí e não vá mais adiante com indagações.
-Vigna: Me
desculpe Riina, deixe-me terminar o pensamento, pois
tenho a impressão . . .
-Riina: O
senhor está confundindo a pessoa.
-Vigna:Não.
-Riina: O
senhor e o Doutor Caselli estão enganados, confundindo
alguma pessoa comigo.
-Vigna: O
senhor não sabe aquilo que estava por dizer. Por isso,
é inútil colocar-se a berrar. Por que berra assim.
-Riina: Porque
os senhores se enganam de pessoa.
-Vigna: Mas
não é assim. Se o senhor não deixa eu acabar as
colocações
estou me enganando de pessoa. Não vai pensar também que
eu estou aqui para lhe exigir uma postura de colaborador.
-Riina: O senhor fala de setenças.
-Vigna :
Falei; disse sim . . .
-Riina: Nessas palavras já disse muito; disse tudo; disse tantas
coisas.
-Vigna: Não, falei pouco; mencionei decisões . . . sentenças
nas quais se fala de Cosa Nostra. Ao senhor falei que
existem uma série de pessoas que lhe imputam.
-Riina: O
senhor não se preocupe.
-Vigna. . .
como chefe da Cosa Nostra.
-Riina: Não
se preocupe, doutor Vigna, com isso.
-Vigna: O
meu discurso, eu me preocupo com ele. . .
-Riina: Não
se preocupe por mim.
-Vigna: Eu
me preocupo com isso; mas me preocupo também pelo
senhor; me preocupo pela maneira como são feitas as
investigações. Então, estava simplesmente interessado
em saber se o senhor tinha disposição para esclarecer
sobre essa realidade representada pela Cosa Nostra; sobre
sua posição, aliás, em razão da qual várias pessoas
atribuem-lhe uma grande quantidade de fatos.
-Riina: Encareço ao senhor para me poupar as forças. Doutor
Vigna, suplico que me poupe as forças.
-Vigna: Por
que?
-Riina: Me
envia de volta . . . foi um dia deprimente. Estou em
jejum. Estou . . . mal com os rins.. Me manda para meu
canto, deixe-me tranqüilo.
-Gian Carlo Caselli:
existe da sua parte recusa também de escutar uma hipótese a ser colocada . . .
-Riina: não
tenho interesse de escutar, porque já compreendi qual é
o seu discurso, doutor Caselli. O esperava . . ., ao
contrário, esperava que viria aqui o senhor e o doutor
Vigna, por isso já esperava esse discurso há algum
tempo. E sei porque aos senhores é importante esse
discurso.
-Caselli: e
qual seria esse discurso?
-Riina: esse
discurso que me estão fazendo esta tarde.
-Caselli:
muitas vezes nós lemos assim, também nas crônicas
públicas
-Riina:
leia, leia também. Leio eu também, então.
-Caselli: das suas afirmações, muitas vezes peremptórias,
segundo as quais tudo seria enganoso ( usemos essa
expressão ainda que não corresponda exatamente as suas
palavras), pois combinado entre ‘arrependidos’ (colaboradores de justiça), que estariam acertados e de
braços seguindo pela mesma via.. Disso o senhor tem
elementos para valorar, conhecimentos maiores. . .
-Riina: Desculpe senhor. Me faça o favor. Eu não falo; tenho o
direito de não responder. Não gostaria de fazer a
figura do deseducado. não gostaria de responder. e
suplico, vos suplico, de me deixar quieto e encerrarmos
como se não houvesse acontecido nada.
-Vigna: não possui uma razão para esclarecer. . . .
-Riina: As
razões me pertencem, são pessoais. As tenho para mim.
Caselli: posso tentar pedir-lhe apenas, se desejar, que explique a
nós a frase: "Esperava pelos senhores dois".
Riina: Porque li, ouvi na televisão e então me basta. Isto é,
sabia onde apontariam e onde desejariam chegar. . .
Caselli: a
fazer o nosso trabalho; o nosso dever.
Riina:
façam, façam, continuem a fazê-lo.
Vigna: então?
Riina: façam o vosso trabalho.
Vighna: certo.
Veremos.
Riina: Pelo
amor de Deus, quem impede os senhores?
Vigna: O
senhor
O procedimento significa também ouvir as razões dos
outros. Entende?
Caseli: Está presente o seu advogado e o senhor conta com todas
as garantias do mundo
Vigna: Então se pode colocar fim ao interrogatório e se faz um
resumo verbal.
Riina: sim,
sim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário